Pequenas e médias empresas vulneráveis: 79% dos empresários portugueses admitem falhas em cibersegurança

28 de maio de 2025 | Lisboa
  • Mastercard apresenta estudo sobre cibersegurança um ano depois da abertura do seu Centro Europeu de Ciber-Resiliência (ECRC)  na Bélgica, que veio reforçar o papel da marca na proteção do ecossistema digital europeu

  • Estudo da Mastercard mostra que 17% dos empresários portugueses foram alvo de fraude ou burla

  • Em caso de ataque cibernético, 24% dos empresários temem que teriam de encerrar os seus negócios

Um novo estudo da Mastercard, realizado junto de mais de 1.800 donos de pequenas e médias empresas na Europa, revela uma tendência preocupante em Portugal: 79% dos empresários admite precisar de formação sobre como proteger o seu negócio de um ciberataque, um número bastante superior aos 67% da média europeia. Portugal é apenas ultrapassado pela Polónia (82%) e a Irlanda (83%).

A possibilidade de serem alvos de um ataque informático é uma preocupação constante no dia a dia dos pequenos e médios empresários portugueses (43%), o que acaba por ter implicações na estratégia de crescimento das suas empresas: 56% dos empresários assumem uma posição cautelosa perante os riscos de fraude ou burla online.

Cibersegurança: da vulnerabilidade à falta de conhecimento

Apesar das ameaças crescentes, cerca de metade destes empresários portugueses (49%) reconhece não ter competências para se proteger de ciberataques, um valor que está em linha com a média europeia (47%). 

Cerca de metade dos pequenos e médios empresários portugueses (47%) afirma nunca ter sido vítima de qualquer tipo de burla ou fraude online, embora conheça casos próximos em que tal ocorreu. Este resultado posiciona Portugal acima da média europeia, situada nos 42%.

Apesar dos números positivos, o país ocupa o quarto lugar entre os mercados com maior exposição reportada, em igualdade com a Dinamarca. Os três países que registam percentagens mais elevadas de empresários expostos a burlas e fraudes online são a Irlanda (52%), Itália (51%) e Espanha (49%).

De acordo com o estudo da Mastercard, 30% dos empresários portugueses identificam o risco de fraude como a principal ameaça aos seus negócios. A preocupação é tal que 24% admitem que, em caso de ataque informático, a sua empresa poderia encerrar a sua atividade. A realidade destes riscos já se fez sentir: 17% referem ter sido diretamente visados por agentes mal-intencionados; 12% sofreram perdas financeiras devido a fraudes; e 5% revelam já ter sido alvo de um ataque informático.

Principais dados de cibersegurança em Portugal e na Europa
 

Portugal

Europa

Fui alvo de um ataque informático

17%

25%

Perdi dinheiro com um ataque informático

12%

11%

Não fui vítima de ataque informático, mas conheço outro pequeno ou médio empresário que foi

47%

42%

Preocupo-me todos os dias com a possibilidade de ser vítima de um ataque informático

43%

29%

Perdi clientes depois de ter sido alvo de um ataque informático

3%

9%

O risco de ataque informático é a maior ameaça que enfrento

30%

29%

Se a minha empresa fosse vítima de um ataque informático, provavelmente fecharia o negócio

24%

25%

O risco de ataque informático está a tornar-me cauteloso quanto ao crescimento da minha empresa

56%

49%

Não sei como proteger a minha empresa de um ataque informático

49%

47%

Preciso de me informar melhor sobre como proteger a minha empresa de um ataque informático

79%

67%

A minha empresa foi vítima de um ataque informático

5%

12%

Estes dados preocupantes evidenciam a exposição crescente das empresas às ameaças digitais, com especial destaque para os empresários mais jovens. A nível europeu, são os membros da Geração Z os que revelam maior preocupação: 36% admitem pensar diariamente na possibilidade de sofrerem um ataque informático, em contraste com 27% dos Millennials e 25% dos Baby Boomers. Além disso, 61% dos empresários da Geração Z consideram que o receio de fraudes constitui um entrave significativo ao crescimento e à expansão dos seus negócios. 

“Com o aumento das fraudes online e das ciberameaças, os pequenos e médios empresários devem tomar medidas proativas para salvaguardar as suas operações”, aponta Michele Centemero, vice-presidente executivo de Serviços da Mastercard para a Europa. “O nosso estudo destaca uma necessidade crítica de melhor formação, medidas de segurança mais fortes e maior colaboração do setor para ajudar as empresas a protegerem-se. Na Mastercard, reconhecemos que as pequenas e médias empresas são a espinha dorsal da economia europeia e que a sua resiliência é essencial para o crescimento e a inovação”.


Capacitar as PME para responder às ameaças de cibersegurança

Numa altura em que o Centro Europeu de Ciber-Resiliência (ECRC) da Mastercard assinala o seu primeiro aniversário, o ano de 2024 destacou o papel crucial da colaboração e da formação na luta contra o cibercrime.

Lançado em maio de 2024, em Waterloo, na Bélgica, para reforçar a ciber-resiliência em toda a região, o ECRC tornou-se numa pedra angular do panorama da cibersegurança na Europa, prestando um apoio essencial a instituições, empresas e consumidores. Inicialmente composto por 20 equipas, conta agora com mais de 30 grupos especializados, incluindo peritos em serviços de inteligência, especialistas em recuperação técnica e gestores de crises, que trabalham em conjunto para proteger a economia digital. 

Em estreita parceria com centros nacionais de informação sobre o ciberespaço, autoridades policiais, organismos industriais e os bancos centrais de toda a Europa, o ECRC está a promover as melhores práticas na prevenção e resposta ao cibercrime, ajudando as instituições e os indivíduos a criar uma maior resiliência contra as ameaças à segurança em constante evolução.

Estas entidades incluem o Conselho Europeu para a Resiliência Cibernética das Infraestruturas Financeiras Pan-europeias, do Banco Central Europeu (ECRB); a Europol; o Centro de Partilha e Análise de Informação dos Serviços Financeiros (FS-ISAC); a Interpol; o Banco Nacional da Bélgica; e a Agência Nacional contra o Crime e o Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido.

À medida que os cibercriminosos vão sofisticando os seus ataques, a Mastercard continua empenhada em apoiar as PME com soluções de segurança de ponta e iniciativas educativas para que os proprietários de pequenas e médias empresas possam concentrar-se naquilo que fazem melhor: servir os seus clientes.

A título de exemplo, a Mastercard personalizou o scanner de vulnerabilidades RiskRecon para as pequenas e médias empresas através do My Cyber Risk, permitindo-lhes identificar, dar prioridade e atuar sobre as ameaças de cibersegurança no seu ambiente online.  A ID Theft Protection fornece serviços de monitorização, alertas e resolução para ajudar a proteger contra o roubo de identidade. O Mastercard Trust Center é uma plataforma que ajuda os proprietários de pequenas e médias empresas a aceder a investigação, recursos e ferramentas em colaboração.

A Mastercard também está a dar escala à cibersegurança através de novas parcerias. Com a CyberMonks e a VikingCloud, lançou uma plataforma para que empresas de todas as dimensões possam facilmente encontrar e implementar soluções personalizadas de cibersegurança e gestão de riscos.

“Com o aumento das fraudes digitais e das ciber-ameaças, os empresários devem tomar medidas proativas para proteger as suas operações”, afirma Michele Centemero, vice-presidente executiva de Serviços da Mastercard Europa. “O nosso estudo destaca uma necessidade crucial de elevar os níveis de educação em relação ao tema, assim como implementar medidas de segurança mais robustas e uma estabelecer uma maior colaboração entre setores para ajudar as empresas a protegerem-se. Na Mastercard, reconhecemos que as pequenas empresas são a espinha dorsal da economia europeia, e a resiliência deste tecido empresarial é essencial para o crescimento e inovação.”

“As ameaças cibernéticas são um dos maiores desafios que as pequenas e médias empresas enfrentam atualmente. Com uma em cada quatro PME portuguesas a recear que um ciberataque as obrigue a fechar, é evidente que são essenciais medidas de segurança mais fortes. Na Mastercard, estamos empenhados em capacitar as pequenas e médias empresas com as ferramentas e a proteção de que necessitam para navegar num cenário de ameaças cada vez mais digital e complexo”, sublinha Nuno Loureiro, Country Manager da Mastercard Portugal.

Metodologia
  • O estudo foi encomendado pela Mastercard, com o trabalho de campo conduzido pela Opinium, uma agência de investigação independente. Entre 16 de Dezembro de 2024 e 3 de Janeiro de 2025, foi realizado um inquérito quantitativo online em 18 países europeus.
  • O inquérito abrangeu 1.830 fundadores de pequenas e médias empresas europeias, com 18 ou mais anos, que criaram empresas com menos de 250 colaboradores.
  • Lista completa de países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça.

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