58% das empresas familiares portuguesas acham que a Cibersegurança é uma barreira à transformação digital

23 de novembro de 2023 | Lisboa
  • Estudo da Mastercard mostra que 35% das empresas familiares portuguesas sentem-se totalmente preparadas para operar na economia digital
  • 37% acreditam que podem transformar o seu negócio se utilizarem melhor as ferramentas digitais
  • 31% apontam a mentalidade fechada e dificuldade de adaptação das gerações mais antigas como um problema na dinâmica das empresas familiares

Um novo estudo da Mastercard revela que as pequenas e médias empresas familiares portuguesas podem correr o risco de ficar para trás face aos concorrentes, à medida que a economia se torna mais digital.

De acordo com o estudo, a cibersegurança (58%) e a privacidade (37%) são considerados os principais fatores impeditivos de uma maior transformação digital destas empresas, aspetos que para as empresas não familiares são menos preocupantes, o que sugere que estas últimas podem estar mais bem preparadas nestes domínios.

As PME representam coletivamente 99,9%[1] do tecido empresarial português, sendo a maioria microempresas com menos de 10 empregados. E conforme indica o estudo da Mastercard, 35% destas empresas sentem que estão bem preparadas para operar numa economia digital.

Entre os principais desafios que as pequenas empresas familiares enfrentam estão a capacidade em convencer os membros da família a identificarem as soluções digitais mais adequadas à modernização da empresa, a mentalidade fechada para adaptação aos novos tempos (31%), a incerteza face ao futuro (29%) e as preocupações financeiras (28%). Para os inquiridos, a geração mais velha está pouco aberta a experimentar coisas novas, tais como implementar novas tecnologias, sistemas de gestão ou de processos.

Barreiras à adoção digital

O estudo da Mastercard mostra, ainda, que as empresas familiares souberam adaptar-se rapidamente à transformação digital impulsionada pela pandemia. Quase metade (44%) já integrou soluções de pagamentos digitais, por exemplo. A pesquisa efetuada revelou, ainda, que uma em cada quatro (26% ) confessa não ter a certeza sobre os recursos digitais e tecnologias mais adequadas às suas empresas. Contudo, 37% acreditam que as ferramentas digitais podem ajudar a transformar os seus negócios e 41% quer usar ferramentas digitais para modernizar os seus negócios.

Além das preocupações com a cibersegurança, surpreendentemente, quase um terço (28%) das empresas familiares confirmou que sem uma ligação à internet não conseguem adotar novas soluções digitais que poderiam apoiar as suas atividades comerciais.

O papel da dinâmica familiar

As relações familiares podem constituir um desafio na gestão do negócio e tornar a modernização das empresas familiares portuguesas mais complicada. O estudo da Mastercard revela que existe uma resistência à mudança, com alguns funcionários a considerarem que a empresa familiar onde trabalham tem uma mentalidade fechada, quando o tema é modernização e tentar coisas novas (31%), com as gerações mais velhas a serem referidas como menos propensas a querer fazê-lo.

O estudo da Mastercard mostra, ainda, que os inquiridos gostam de trabalhar nas empresas familiares e com os seus parentes. Na verdade, a dinâmica nas relações pessoais entre os membros da família é um fator único nas empresas familiares, com um quinto dos inquiridos a afirmar que as relações pessoais com os seus parentes foram o maior obstáculo a ser superado no trabalho. O planeamento da sucessão foi um ponto crítico importante para alguns, com 24% a relatar que havia conflito sobre quem assumiria o negócio no futuro.

No geral, os inquiridos das empresas familiares mostram-se ligeiramente menos otimistas, do que as empresas não familiares (52% vs 58%), relativamente ao crescimento do negócio no próximo ano. No entanto, a incerteza do “se” e “como” modernizar a empresa, juntamente com a dinâmica familiar, pode aumentar o risco de algumas pequenas empresas familiares acabarem por ser ultrapassadas por concorrentes mais ágeis e com processos de decisão não sujeitos à pressão familiar.

Apoios a empresas familiares

Os inquiridos das empresas familiares demonstraram um forte desejo de ter mais formação (40%) e quase metade indicou querer alterações ao quadro regulatório para ajudar os seus negócios a crescer (47%). 37% referiu que uma melhor utilização das ferramentas digitais poderia ajudar a modernizar o seu negócio. Estas conclusões demonstram que as pequenas empresas familiares desejam maiores qualificações e acompanhar a evolução dos tempos, mas sentem precisar de mais ajuda para o fazer.

Maria Antónia Saldanha, Country Manager da Mastercard em Portugal, salienta que “as pequenas empresas são a força motriz da nossa economia, empregam mais de 78% da força de trabalho nacional e têm demonstrado uma resiliência notável em tempos difíceis. No entanto, muitas PME, especialmente as familiares, precisam de apoio adicional para prosperar numa economia crescentemente digital e global.”

Maria Antónia Saldanha acrescenta que “sem esse apoio, corremos o risco dos pequenos negócios locais não conseguirem manter a competitividade e de serem incapazes de dar resposta às novas exigências dos consumidores. A Mastercard já apoia 4 em cada 5 pequenas empresas na Europa e está empenhada em ajudá-las a acompanhar a transformação digital, através da gama de soluções, recursos e ferramentas digitais que têm ao dispor deste importante segmento empresarial.”

Na Europa, a Mastercard lançou recentemente vários programas muito relevantes, como é o caso da iniciativa “Strive”, na República Checa e no Reino Unido, com o objetivo de ajudar as micro e pequenas empresas a serem bem-sucedidas na economia digital, proporcionar-lhes melhor acesso a capital e oferecer recursos e mentoria gratuita.

Além disso, o programa Start Path está também a ajudar startups e pequenas empresas a financiarem-se, ligarem-se a um ambiente de pagamentos mais abrangente e a criarem uma economia mais inclusiva.

A Mastercard é um facilitador fundamental na digitalização das PME da Europa e já está a apoiar mais de 18 milhões de pequenas empresas.

[1] Dados do IAPMEI

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Sobre o estudo

Este estudo foi realizado pela Vitreous para a Mastercard em 15 países, incluindo Portugal, e teve uma amostra de 10.501 entrevistados na Europa entre pequenas empresas familiares (5.250 entrevistados) e não familiares (5.251), para garantir que as visões comparativas ficavam registadas.

Amostras por mercado: Reino Unido (1.000), Alemanha (1.000), Suíça (1.000), Espanha (1.000), Portugal (1.000), França (1.000), Suécia (1.000), Irlanda (1.000), Sérvia (500), Itália (500), Eslovênia (501), Bulgária (500), Israel (500), Macedônia do Norte (500) e Polônia (500).

O trabalho de campo ocorreu entre 2 e 19 de junho de 2023. Os participantes preencheram a pesquisa online e foram incentivados, a um nível apropriado, ao respetivo anonimato (de acordo com as melhores práticas da indústria de pesquisa de mercado).

Sobre a Mastercard

A Mastercard (NYSE: MA), www.mastercard.com, é uma empresa global de tecnologia no setor de pagamentos. A nossa missão é ligar e impulsionar uma economia digital inclusiva que beneficie todos, em todos os lugares, tornando as transações seguras, simples, inteligentes e acessíveis. Usando dados e redes seguros, parcerias e paixão, as nossas inovações e soluções permitem ajudar indivíduos, instituições financeiras, governos e empresas a alcançar o seu maior potencial. O nosso quociente de decência, ou DQ, é um instrumento para impulsionarmos a nossa cultura e tudo o que fazemos dentro e fora da nossa empresa. Com ligações a mais de 210 países e territórios, estamos a construir um mundo sustentável que abre possibilidades Priceless para todos. A Mastercard é o único doador corporativo do Mastercard Impact Fund.