Portugueses gastaram mais 60% em viagens de curta distância comparativamente com o período pré-pandemia

6 de outubro de 2022 | Lisboa
  • Estudo “Shifting Wallets” revela que os hábitos dos consumidores estão a alterar-se e que as tendências de Teletrabalho estão a influenciar a forma como vivemos e quando gastamos - o "fim de semana" começa agora mais cedo.

Um estudo realizado pelo Mastercard Economics Institute revela que os gastos dos portugueses com viagens de curta distância registaram um aumento de 60% em Agosto, comparativamente com Agosto de 2019, substancialmente acima do aumento dos gastos com viagens de longo curso (16%).

As reservas de voos registadas a nível global neste verão (maio-agosto) ficaram 15% acima dos níveis de 2019, apesar dos desafios logísticos e das pressões de preços existente2, com os voos de curta distância a impulsionar a maior parte deste crescimento global de gastos com viagens (representando +20% face aos de longo curso)[1].  

O estudo “Shifting Wallets” recorreu a uma análise exaustiva de dados económicos públicos e anonimizados com o objectivo de oferecer uma visão global sobre a forma como as recentes alterações económicas estão a impactar as escolhas que os consumidores estão a fazer relativamente ao que gastam, onde e quando. As principais conclusões incluem:

 Os preços mais altos estão a pressionar os consumidores a nivelarem os seus gastos diários e com bens essenciais, apesar dos gastos com refeições fora de casa manterem-se como prioridades.

  • Os gastos em restaurantes aumentaram 25% este ano, em comparação com o mesmo período de 2021, acima dos gastos com mercearias (14%[2]), os quais foram, em grande parte, alimentados pela inflação.
  • Uma análise das tendências de longo prazo mostra que a pandemia impulsionou a mudança para o digital e a preferência por uma maior conveniência - os gastos com alimentação on-line cresceram 70% face ao período pré-pandemia, enquanto que os gastos com compras em lojas físicas cresceram 25% .1

Serviços online dos pequenos negócios crescem impulsionados pela aceleração da digitalização verificada durante a pandemia

  • Serviços online de Pequenas empresas – por exemplo contabilidade ou aulas particulares – estão a crescer 1,5 a 2 vezes mais rápido do que as grandes empresas de serviços online. Isso tem estado a acontecer de forma expressiva em países como a Bélgica, o Brasil, Canadá, Itália e Singapura.

Em Portugal, o crescimento destes serviços foi de 36% no caso das pequenas empresas e negativo (-20%) nas grandes empresas. 

  • No setor do retalho, as vendas de online nas grandes empresas cresceram 66% contra 27% para pequenas empresas em agosto comparativamente com 2019. Em Portugal, a tendência foi inversa, com as pequenas empresas a registarem um aumento de 16%, substancialmente acima do crescimento registado nas grandes empresas (6,6%). No caso caso  das compras nas lojas físicas, o crescimento foi superior com as pequenas empresas a registarem um aumento de 36% e as grandes empresas a apresentarem aumentos de 25%.

 O teletrabalho e a mudança para o digital implicaram alterações ao nível dos dias em que são feitos os gastos, com impactos significativos na cadeia de abastecimento para retalhistas, restaurantes e outras empresas e na composição de equipas de trabalho.  

Os gastos com bens e experiências mudam para os dias da semana. Globalmente, cerca de 5% do total de gastos de fim de semana em grandes armazéns foi transferido para os dias da semana, representando cerca de 22,3 mil milhões de dólares (23 mil milhões de Euros[3]) em vendas globais.

  • Nos Estados Unidos, a tendência é de uma clara mudança e de transferência dos gastos em cinemas de fim de semana para os dia de semana, onde 3 pontos percentuais foram transferidos dos sábados e domingos para os dias da semana – principalmente às quintas e, em menor grau, às segundas-feiras também.

“As mudanças nas preferências de gastos ocorrem à medida que os consumidores se adaptam a um novo ritmo”, sublinha Bricklin Dwyer, economista-chefe da Mastercard e chefe do Mastercard Economics Institute. “Apesar do aumento dos preços, das taxas de juros e da crescente incerteza económica, os consumidores continuam a avaliar os seus hábitos de consumo de acordo com o que faz sentido para as suas vidas.”

Pode consultar o relatório Shifting Wallets: novos hábitos de consumo do consumidor aqui . Outros relatórios do Mastercard Economics Institute podem ser encontrados aqui.

 

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Esta apresentação e conteúdo destinam-se apenas como uma ferramenta de pesquisa para fins informativos e não como conselhos ou recomendações de investimento para qualquer ação ou investimento em particular e não devem ser considerados, no todo ou em parte, como base para tomada de decisões ou fins de investimento.. Esta apresentação e conteúdo não são garantidos quanto à precisão e são fornecidos "no estado em que se encontram" para utilizadores autorizados, que revêem e utilizam essas informações por sua conta e risco. Esta apresentação e conteúdo, incluindo previsões econémicas estimadas, simulações ou cenários do Mastercard Economics Institute, não refletem de forma alguma as expectativas (ou reais) do desempenho operacional ou financeiro da Mastercard.

 

[1] Corresponde ao número de reservas de voos feitas em relação ao mesmo período de 2019 para o mês de agosto de 2022. Com base em dados de reservas de voos agregados e anónimos fornecidos por parceiros terceiros, fornecidos pelo Mastercard Economics Institute.

[2] Reflete a taxa de crescimento acumulado no ano de volumes comutados Mastercard agregados e anónimos (dólares americanos nominais não ajustados para FX) até agosto de 2022 no acumulado do ano. Estimativa global com ajuste sazonal e ajuste de preço.

[3] Cotação a 29/09/22

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