Bacalhau à brás foi o prato mais preparado em casa pelos portugueses em ano de pandemia

17 de março de 2021 | Lisboa
  • No Top Five das comidas de conforto mais confecionadas durante o último ano, em casa dos portugueses, o Bacalhau à Brás (43%) ocupa o primeiro lugar
  • Mais de metade (55%) considera os momentos dedicados à culinária como uma forma de partilha e ligação aos membros do agregado familiar
  • 68% confessa ter passado mais tempo na cozinha e mais de metade afirma tê-lo feito por desejar uma alimentação mais saudável
  • 64% refere ter melhorado os respetivos dotes culinários
  • A grande maioria (62%) afirma ter comprado ou experimentado novos ingredientes ou ingredientes alternativos durante este período

Dizem que a necessidade aguça o engenho e o ressurgimento dos hábitos culinários está a provar isso mesmo. Juntamente com o takeaway e os kits DIY (Do It Yourself) dos restaurantes, reservar algum tempo para cozinhar em casa é outro elemento muito valorizado durante este último ano de pandemia.

O mais recente estudo da Mastercard revela que 64% dos portugueses melhorou os dotes culinários no último ano e 68% confessou ter dedicado mais tempo à cozinha, em média quase três horas (2,7h) desde o início do primeiro confinamento, mais 63 minutos comparativamente ao período pré-pandemia.

As pessoas procuram consolo nos pratos favoritos da família. E, se mais de metade afirma tê-lo feito para apostar numa alimentação mais saudável, o Top Five dos “manjares” feitos pelos portugueses em casa são, em primeiro lugar, o Bacalhau à Brás (43%), em segundo as Bifanas (37%), terceiro o Arroz de Pato (34,8%), na quarta posição, o Caldo Verde (34%) e, o quinto é o Cozido à Portuguesa (29%).

Embora o regresso ao tradicional seja reconfortante para alguns, quase dois terços (62%) sentem-se confiantes para experimentar receitas e pratos próprios com mais frequência.

A influência da TV, serviço de streaming e redes sociais também contribuiu para inspirar muitos portugueses (42%) a cozinharem o que veem no écran.

No entanto, além do lado prático, cozinhar desbloqueou, para 51% dos portugueses, o desejo de levar um estilo de vida mais saudável e, para 43%, de adquirir novas aptidões e passar mais tempo de qualidade com os familiares.

Mais da metade (55%) dos portugueses disse que as refeições trouxeram uma ligação maior entre as pessoas em casa, com 68% a referir que o ritual de se sentarem à mesa veio para ficar.

O ano que passou também foi palco de um renascimento do "jantar" para 49% dos cozinheiros domésticos portugueses, que continuaram a receber amigos, famílias ou as respetivas “bolhas”, sempre que era seguro fazê-lo.

1 em 5 também disse ter utilizado a plataforma Zoom para estar em contacto com amigos durante o jantar e 71% deseja retomar estes jantares sociais de forma regular, assim que for permitido.

As limitações do confinamento mudaram como e onde os consumidores compram. 27% admitiu que as restrições impostas pelo confinamento motivaram, pela primeira vez, que se fizessem encomendas de produtos em mercearias online e 35% afirma mesmo continuar a comprar online quando as restrições terminarem. Apesar disso, 75% refere ter preferência por adquirir produtos de mercearia em lojas físicas.

Também 25% disseram que gastam mais dinheiro em mantimentos ao efetuar compras online, devido ao impulso de comprar alimentos e ingredientes diferentes, mas 30% não aumentaram, nem reduziram este tipo de despesa.

Os gastos com entretenimento alimentar também aumentaram, com equipamentos de cozinha, livros de receitas, louças e velas, todos passando por mini booms de procura. Em termos de utensílios de cozinha os produtos mais adquiridos foram recipientes para cozinhar como tachos e panelas (44%), e copos (25%).

Outros itens essenciais para atmosfera de um bom jantar também estiveram em alta, com 19% portugueses a investirem em colunas inteligentes para música ambiente e em interruptores para a regular a iluminação.

“Foram 12 meses desafiadores, no entanto, é reconfortante ver o surgimento de tendências positivas, como o boom culinário que está a acontecer em toda a Europa. O papel central da nossa marca é conectar as pessoas com as coisas que lhes dão alegria, seja através das nossas parcerias, proporcionando experiências únicas ou oferecendo-lhes formas convenientes e seguras de comprar itens do dia-a-dia. No final de contas, tudo isto é Priceless”, disse Jeannette Liendo, Senior Vice President Marketing Mastercard Europe.

Pratos de comida caseira mais populares na Europa:

  • Portugal - Bacalhau à Brás
  • Reino Unido e Irlanda – Roast (Assado)
  • França – Crêpes (Crepes)
  • Itália - Spaghetti alla carbonara (Esparguete à carbonara)
  • Alemanha – Rindsrouladen (Roulade de carne)
  • Espanha – Tortilla (Tortilha)
  • Polónia – Naleśniki (Panquecas)
  • Rússia – Kotleti (Costeletas)
  • Ucrânia – Borscht (Sopa de Beterraba)
  • Turquia – Köfte (Almôndegas)
  • Hungria – Palacsinta (Panqueca)
  • Roménia – Mămăligă (Polenta)
  • Holanda – Stamppot (Guisado)
  • Suécia – Kottbullar (Almôndegas)
  • Bélgica – Frieten (Batatas fritas)
  • Czechia – Guláš (Gulache)
  • Áustria - Wiener Schnitzel (Escalope à moda de Viena)
  • Eslováquia – Kapustnica (Sopa de repolho)

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