Estudo da Mastercard revela que a banca digital já faz parte do quotidiano dos europeus

3 de junho de 2019 | Lisboa

Mais de 60 bancos em toda a Europa baseiam a sua oferta digital tendo a Mastercard como parceiro de eleição

  • 84% dos europeus optam por uma utilização regular da banca digital e um em cada cinco trabalha exclusivamente com bancos online
  • 63% utilizam aplicações de bancos tradicionais e mais de metade está a considerar mudar para um banco digital
  • Para 67% dos europeus a conveniência é a maior vantagem das soluções da banca digital, mas a segurança é o critério mais importante na utilização destes serviços
  • Os bancos tradicionais e digitais continuam a ser, para a maioria dos europeus, a fonte de informação mais fidedigna sobre como devem gerir o seu dinheiro

Um novo estudo encomendado pela Mastercard*, efetuado em 11 países europeus, revela que seis em cada sete pessoas utilizam soluções da banca digital pelo menos uma vez por mês, sendo que 38% o fazem semanalmente ou mesmo diariamente. 63% utilizam apps de bancos tradicionais e um em cada cinco (20%) trabalha exclusivamente com bancos digitais.

Com o acesso à banca cada vez mais digital, as pessoas exigem segurança mais do que nunca e consideram mesmo este como o principal critério na utilização de serviços bancários digitais (67%). Num estudo semelhante realizado há dois anos, apenas 39% elegeram a segurança e proteção quando questionados sobre essa mesma questão.

Por outro lado, e apesar da conveniência ter perdido importância no momento da escolha (de 43% em 2017 para 33% em 2019), esta ainda é a maior vantagem das soluções da banca digital, por permitirem poupar tempo (66%) e por serem fáceis de utilizar (65%). Quase dois terços dos europeus (63%) também consideram que a procura por soluções financeiras móveis vai aumentar no futuro, uma vez que tornam as transações bancárias mais simples e fáceis. Mas, para isso, os bancos terão que implementar sistema de autenticação multifatorial e outras formas de segurança, como a biometria.

A Mastercard duplica as parcerias com os bancos digitalizados na Europa

Ainda de acordo com o estudo promovido pela Mastercard, mais de 9 em 10 europeus acredita que a colaboração e as parcerias são essenciais para desencadear a inovação no setor financeiro e mais de 75% identificam a Mastercard como o parceiro certo neste processo de inovação, valorizando a tecnologia da empresa, que é de confiança, segura e de fácil utilização (28 %), pela fiabilidade das parceiras (23%) e pelos seus produtos inovadores (22%). Ao longo dos últimos dois anos, a Mastercard mais que duplicou as suas parcerias com bancos digitais na Europa, sendo que hoje, mais de 60 bancos confiam no know how tecnológico da Mastercard, na sua infraestrutura global e na sua capacidade para entregar soluções digitais.

Das parceiras estabelecidas com a Mastercard contam-se vários bancos exclusivamente digitais, como o Monzo, o Revolut ou o Holvi, mas também diversas soluções da banca digital como é o caso do ING ou do BNP Paribas.

Jason Lane, Vice-Presidente Executivo da Mastercard e responsável pelo desenvolvimento do mercado europeu, sublinha que "o estudo confirma que a banca digital, seja através de bancos tradicionais ou exclusivamente digitais, já é o novo normal para a maioria dos europeus, que querem serviços fáceis de utilizar e, ao mesmo tempo, seguros, algo que também já faz parte do nosso normal nas soluções de pagamento que oferecemos aos nosso parceiros. Somos, também, uma referência na inovação digital e o principal parceiro de um número crescente de bancos digitais."

Os clientes exigem mais serviços digitais dos seus bancos

Em relação ao futuro dos bancos, um número crescente de europeus revela interesse em mudar para um banco digital (de 49% em 2017 para 54% em 2019), opção ainda mais marcante para os europeus com idades compreendidas entre os 18 e os 29 anos, em que 63% afirmam estar a considerar essa mudança. 13% dos europeus afirma mesmo que vai fazer essa mudança nos próximos 12 meses. Apesar disso, 39% dos europeus (32% em 2017) diz que vai manter-se com a versão digital do seu banco e quase um em cada dez (7%) europeus já é cliente de um banco exclusivamente digital (a Alemanha lidera o ranking deste tipo de utilizadores, com 14%, seguida pela Itália, com 11%, e a Espanha, com 10%).

À medida que os europeus migram para soluções da banca exclusivamente digital, exigem, também, serviços idênticos aos dos seus bancos incumbentes. Os três benefícios que os clientes procuram mais são serviços sempre disponíveis e em qualquer lugar, facilidade de utilização (32%), contenção de custos em tempo real e transparência (25%) e mais flexibilidade (22%).

Os europeus adotam as inovações possibilitadas pela iniciativa de Open Banking da EU

Em setembro de 2019, a iniciativa de open banking PSD2 entrará em vigor na UE. Isto significa que apps e outros prestadores de serviços poderão aceder à informação bancária de clientes e ainda iniciar pagamentos a partir destas, caso tenha sido dado o consentimento expresso do titular. De acordo com o estudo, a maioria das pessoas (85%) não está a par desta iniciativa ou tem muito pouca informação sobre a mesmo. Todavia, novos serviços digitais possibilitados por open banking são solicitados por muitos europeus: enquanto que 13% já usa aplicações móveis que monitorizam as finanças de múltiplas contas bancárias, quase metade deles (43%) adoraria utilizar uma app para ver, num só lugar, a conta-corrente ou de poupança de todos os diferentes bancos. Mais de um quinto (22%) favorecerá um serviço que consiga ajudá-los a gerir o seu dinheiro e que dê uma projeção de padrões de despesa, baseada numa análise de todos os registos de despesas anteriores.

Os bancos continuam a ser a fonte mais fidedigna para informação sobre gestão de capital

Com a confiança e a segurança como os pilares principais de um ecossistema de open banking, os bancos têm a vantagem de ser, de longe, a fonte mais fidedigna no que toca à disponibilização de informação sobre gestão de capital. 70% dos europeus vêem os bancos como a sua fonte preferencial e de referência para este de informação, sendo que um terço ainda pede conselhos aos amigos ou à família. 21% obtêm essa informação dos media, 15% de empresas de aconselhamento financeiro e 1 em cada 10 (11%) de apps ou em redes sociais. Entre os mais novos (dos 18 aos 29 anos), 44% refere que procuram informação junto dos seus amigos.

Quando se trata de depositar confiança nos amigos, a maioria dos europeus (72%) não iria ao ponto de partilhar os dados bancários com estes. Apenas um em cada 10 (13%) disse que o faria e a geração mais jovem aparenta ser mais aberta e a confiar mais nos seus amigos (18% entre 18 e 29 anos). Já na faixa etária dos 50-69, apenas 8% partilhariam os seus dados bancários com os seus amigos.

Jason Lane acrescentou que “o estudo mostra que os europeus têm todo o interesse em serviços financeiros online e personalizados, os quais tornem as suas atividades bancárias mais fáceis e transparentes. A iniciativa Open Banking vai ajudar a impulsionar estas inovações. E como a confiança é um fator chave de sucesso, os bancos estão na posição de liderança para proporcionar essas soluções aos seus clientes, porque as pessoas ainda confiam nos seus bancos quando se trata de administrar o seu dinheiro. Neste contexto, as soluções da Mastercard são um fator crítico de sucesso neste processo de transformação que se está a dar na banca, porque permite que os nossos parceiros tirem o máximo proveito das oportunidades oferecidas pela diretiva europeia de pagamentos, a PSD2, além de que os nossos serviços são facilitadores do ecossistema do open banking porque permitem agilizar a relação entre bancos e fintechs."

*Acerca do Estudo da Banca Digital

No seguimento de um estudo similar realizado em 2017, este novo estudo, executado pela Kantar TNS e apoiado pela Mastercard, consistiu na recolha de 11.014 entrevistas, obtidas em onze países europeus.

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